Os resíduos de mineração são aqueles gerados nas atividades de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios.

São compostos basicamente pelos resíduos de extração dos minérios (chamados de estéril, sem valor econômico) e rejeitos minerais, resultantes do processo de beneficiamento, onde os minerais mais valorizados são separados dos minerais sem interesse comercial. 

Os principais resíduos de mineração identificados no CTF/IBAMA são:

  • Classe I - perigosos: rejeitos, solos e rochas contendo substâncias perigosas, óleo de motores, transmissões e lubrificação usados ou contaminados;
  • Classe II - não perigosos: Resíduos da extração de minérios metálicos e não metálicos, rejeitos não perigosos, sucatas metálicas ferrosas, resíduos de madeira, resíduos sanitários.

QUANTO SE GERA NO BRASIL

De acordo com o quanto relatado ao IBAMA 310 milhões de toneladas de resíduos da mineração (ano de referência 2015) foram gerados no Brasil. O estado de Minas Gerais concentra mais de 90% desta geração, de acordo com as informações disponíveis, com 290 milhões de toneladas. A maior parte destes resíduos provém de lavra a céu aberto, seguido de lavra subterrânea e, em menor proporção, das atividades de extração de petróleo de gás.

Destes resíduos, a fração estéril é, em geral, depositada em pilhas e/ou usada no aterramento de áreas lavradas. Já os rejeitos possuem frequentemente altas concentrações de metais pesados e outras substâncias usadas no beneficiamento de minério, tendo como destinação mais comum as barragens de rejeitos.

Existem algumas iniciativas de reciclagem e usos alternativos de resíduos da mineração, tal como a utilização de pó de rocha na re-mineralização de solos para a agricultura.